Chrome OS promete abalar o Windows
Para a maior parte dos usuários de desktops e laptops, sistema operacional é sinônimo de Windows. Não é de se espantar: de acordo com o relatório de outubro da empresa NetMarketShare, a plataforma da Microsoft está presente em 91,09% dos computadores, enquanto que o Mac OS, da Apple, aparece com 5%, e o Linux — de código aberto — tem 0,86% da preferência. No entanto, esse cenário deve mudar com a chegada da nova plataforma do Google, o Chrome OS, anunciado para desembarcar nos primeiros netbooks e tablets em “poucos meses”, de acordo com o CEO da empresa Eric Schimdt.
“O Google tem fortes chances de ameçar a Microsoft. Ele vem dominando espaço em todas as áreas”, explica Eduardo Izabela, diretor técnico da Promisys, empresa especializada em tecnologia da informação. O Chrome OS foi anunciado no ano passado pela empresa e é baseado quase que exclusivamente na computação das nuvens. “Primeiro, é todo sobre a web. Os aplicativos são da internet. Toda a experiência começa com o navegador e não há um desktop convencional. Isso significa que os usuários não terão que instalar, alterar e atualizar os programas”, explicam os técnicos do Google, no blog oficial. A preocupação quanto à segurança também será um dos pontos fortes do OS.
Ao contrário das plataformas já conhecidas, o Chrome OS não confia nos aplicativos que serão rodados no programa. As diretrizes do projeto ressaltam, por exemplo, que a cada vez que reiniciar o computador, o sistema verificará a integridade do código. “A computação na nuvem vai trazer benefícios. A pessoa vai ter um OS base, com programas básicos, e como um quebra-cabeça, ele vai escolher os softwares de que precisa. A Microsoft, claro, não vai perder tempo nesse quesito”, ressalta Humberto.
Há alguns pontos ainda contraditórios no Chrome OS. O primeiro é que, apesar da vantagem proporcionada pelo cloud computing de não ser necessário instalar nada e utilizar tudo da internet, o computador pode se tornar inacessível em locais sem rede. Inclusive, o Google ainda não divulgou se haverá a possibilidade de se utilizar modens com rede 3G. Outro ponto é que a empresa não pretende liberar o uso de outro navegador que não seja o Chrome. A defesa, nesse caso, é de que o navegador também possui código aberto e pode ser alterado da forma que o usuário desejar.
Apesar de Eric Schimdt ter afirmado que o OS será aberto a todos, ainda há dúvidas quanto à disponibilidade do produto no mercado. De acordo com informações preliminares, o Google não vai autorizar o processo de download e instalação do sistema em qualquer computador. A empresa de buscas irá certificar os equipamentos que podem receber o OS. Sabe-se ainda que será exigido equipamentos com processadores x86 e ARM, além de memória SSD.
Windows 8
Apesar do sucesso da versão 7 do Windows — que já vendeu mais de 175 milhões de unidades e superou o Vista —, a Microsoft pretende lançar no último trimestre de 2012 o Windows 8. Informações preliminares dizem que a nova plataforma vai priorizar a integração com serviços on-line e a computação nas nuvens.
Apple na batalha
Já o grande problema do sistema operacional da Apple, o Mac OS X, é que ele está restrito aos equipamentos da marca. No entanto, a empresa tem um grande aliado para roubar parte do público da Microsoft, o sistema iOS, que equipa o iPhone, o iPad e o iPod. É com base nesse OS que a Apple vai lançar no ano que vem o Mac OS X Lion para laptops e desktops. O que mais chama atenção em toda essa história é que a Apple segue um caminho contrário. “Qual é a filosofia do Lion? Nós começamos com o OS X e criamos uma nova versão chamada iOS, utilizado no iPad, por exemplo. Nós estamos inspirados por essas inovações. Queremos trazer de volta ao Mac. O Mac OS X conhece o iPad”, explicou Steve Jobs, em evento para promover os novos laptops da empresa.
“Apesar do sucesso da Apple, acredito que Jobs não vá alterar esse sistema de vendas. Em termos de distribuição de sistema operacional, ele se fecha e não abre mão. O Mac ainda é um produto da classe e não tende a se popularizar”, explica Humberto.
O Lion traz, além da interface muito parecida com a do tablet, a possibilidade de ser multitouch, mas um pouco diferente que no iPad. Steve Jobs crê que o uso Magic Mouse — produto que não utiliza botões — e o trackpad, uma espécie de superfície que utiliza o dedo para mover o mouse, trará uma nova maneira de interagir com o sistema. Além disso, App Store passa a fazer parte do OS, o que abre mais possibilidades para o desenvolvimento de aplicativos. Agrupar programas em pastas e o multitarefas tal qual no iOS também serão incorporados.
Disputa no celular
» As especulações sobre uma possível ameaça ao Windows, por enquanto, tem como base o sucesso do sistema operacional do Google voltado para celulares, o Android, que detém 25% do mercado. Atualmente, com o Windows Mobile 6.5, a Microsoft possui apenas 6,8% de participação, atrás do Symbian e da Rim, fabricante do Blackberry. O cenário, no entanto, ainda vai ser de muita disputa nessa área. De acordo com a consultoria IDC, a plataforma do Google deve crescer 51,2% em quatro anos e abocanhar 24,6% do mercado. A Microsoft também deve ganhar adeptos e aumentar a participação em 43,3% até 2014, o que representa quase 10% de aparelhos equipados com o OS.
Fonte: UAE - Unidade de Apoio ao Estudante
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