quinta-feira, 22 de abril de 2010

Um pouco de Eberron

O Mundo: Eberron é um planeta anelado, orbitado por12 luas, num sistema solar de estrela amarela. O nome “Eberron” é ligado à origem da criação do mundo. Segundo a lenda, no início havia três dragões primordiais: Siberys (“the dragon above”), Eberron (“the dragon in between”) e Khyber (“the dragon below”). Enquanto Syberys desejava a criação, Khyber desejava destruí-la, o que resultou num conflito. Syberys foi quase destruído por Khyber, se Eberron não tivesse interferido e aprisionado Khyber, envolvendo-o com seu corpo. O anel que circunda o planeta é o corpo destroçado de Siberys. O subterrâneo do planeta (“underdark”) é simbolizado por Khyber aprisionado, enquanto a superfície planetária em si é a essência de Eberron. Estes dragões primordiais são mais lendas e objetos de culto do que entidades corpóreas.

Geografia: Eberron tem 4 continentes principais, além do pólo norte (Frostfell) e do pólo sul (Everice). Os continentes são:

a) Khorvaire: centro da campanha e sede das grandes civilizações humanóides da atualidade. Este continente já foi quase totalmente unificado durante o Reino de Galifar, mas 100 anos atrás eclodiu uma guerra por não haver consenso entre a sucessão do trono de Galifar. A guerra terminou de repente quando uma nação foi destruída numa catástrofe mágica de origem desconhecida.

b) Aerenal: Não é um continente, mas uma grande ilha de floresta tropical que abriga a maior civilização dos elfos. Os elfos de Aerenal veneram seus antepassados, sendo que parte destes ainda existem como deathless (seres animados por energia positiva).

c) Xen’drik (pronúncia: “ZEN-drik”): O continente perdido, de selva fechada e berço da arruinada civilização dos gigantes. Os elfos vieram de lá originalmente, mas há drows em Xen’drik. Este continente é rico em história e arqueologia, e alvo de freqüentes exploradores, caçadores de tesouros e estudiosos de Khorvaire. Sharn, a metrópole onde que o jogo é O ponto de saída destas expedições para Xen’drik.

d) Sarlona: Continente a leste de Khorvaire. Os humanos vieram de Sarlona originalmente e hoje é um continente isolacionista dominado pela nação de Riedra e regido por uma raça humanóide chamada Inspired. Sarlona é o grande centro de poder psiônico de Eberron e a raça dos kalashtar veio de lá.

e) Argonnessen: Continente dos dragões, a sudeste de Khorvaire. Ninguém entra, exceto talvez tribos bárbaras de um arquipélago ao norte, que venera os dragões.

As Eras: Eberron tem cinco eras distintas em sua história:

1) Era dos Dragões: Quando houve a luta dos três dragões primordiais. Nesta era, surgiram as primeiras formas de vida. Do sangue de Syberys nasceram os dragões. Eberron que se uniu ao mundo gerou todo tipo de forma de vida. Khyber expelia das profundezas todas as formas de demônio (fiends).

2) Era dos Demônios: Há 10 milhões de anos, os demônios de Khyber (especialmente rakshasas e night hags) dominaram o mundo. Os dragões, que ainda eram primitivos, só evoluíram há 1.5 milhões de anos atrás, quando descobriram a Profecia, que os despertaram para a grandeza. Ninguém sabe o que é a Profecia ao certo, e o que está destinada a cumprir. Trechos dela aparecem espontaneamente no mundo, e dragões a estudam. As dragonmarks são ligadas a Profecia. Há 100.000 anos atrás, estes dragões, junto com as couatl (as serpentes aladas do Monster Manual) conseguiram derrotar os demônios e aprisionar sua maioria (bem como os fiend lords mais poderosos) de volta para Khyber. A maior parte das couatl se sacrificou nisso.

3) Era dos Gigantes: Há 80.000 anos atrás, os gigantes criaram uma poderosa civilização em Xen’drik. Eles escravizaram os elfos e mais tarde, foram ensinadas poderosas magias pelos dragões. Há 40.000 anos, uma raça oriunda de Dal Quor, o Plano dos Sonhos, invadiu Eberron e foi repelida após os gigantes usarem a mágica dos dragões que isolou o contato físico com Dal Quor. Mas a invasão fragmentou os reinos gigantes, que caiu por rebelião de elfos e por catástrofes naturais e mágicas (os dragões atacaram quando os gigantes tentaram usar a mágica novamente para acabar com estes problemas). A civilização gigante acabou, com esta retornando ao barbarismo e suas ruínas sendo esquecidas. Os elfos partiram para Aerenal.

4) Era dos Monstros: Em Khorvaire, orcs e goblins começam a estabelecer suas nações. Neste continente, os gnomos e halflings são nativos, e os anões mais tarde descem de Frostfell (pólo norte) e se assentam nas montanhas. Os elfos estabelecem uma colônia em Khorvaire, mas abandonam-na após Aerenal sofrer ataques de dragões, que ocasionalmente deflagram conflitos contra a ilha.
Nesta era, os dois acontecimentos mais importantes foram a formação do Império hobgoblin Dhakaani (que durou de -16.000 a -5.000 anos da data atual) e sua queda com uma outra invasão planar, desta vez do plano caótico das aberrações, Xoriat. Os invasores, chamados Daelkyr, devastaram a porção ocidental do continente e causaram o colapso de Dhakaani. As aberrações só foram banidas para o subterrâneo de Khyber através de uma seita de orcs druidas chamados Gatekeepers.

5) Era Atual: O ano da campanha é 998 YK (Year of the Kingdom, referência quando o Reino de Galifar), mas a Era Atual começou há 4.000 anos. As dragonmarks começaram a surgir nas raças humanóides. Destas marcas, uma (Mark of Death) foi expurgada dentre os elfos. Os humanos que logo em seguida chegaram do continente de Sarlona para Khorvaire, também desenvolvem três marcas. Os goblinóides, que foram perdendo terreno para os humanos não desenvolvem marca. Há 1500 anos, as linhagens de humanóides que apresentavam dragonmarks já estavam mais ou menos organizadas e transformaram-se em Casas, especialmente para consolidar o seu poder. Nesta época ocorreu a Guerra da Marca, que as casas empreitaram contra portadores de marcas aberrantes (oriundas da mistura de linhagens de pessoas de marcas diferentes).
Há 1000 anos, um rei humano chamado Galifar ofereceu status de neutralidade política para as casas, que mantém até hoje. Galifar unifica e conquista a maioria das terras de Khorvaire e seus filhos regem o que seriam chamadas mais tarde de “As 5 Nações” (Cyre, Breland, Aundair, Karrnath e Thrane). Foi um período de prosperidade e avanço civilizado. Há 150 anos, os reinos conseguem comunicação rápida e fácil graças ao sistema de “correio” das casas e de viagem com a ferrovia relâmpago (lightning rail), que une as principais cidades do continente.
Há 100 anos atrás, o último monarca de Galifar morre e seus filhos não chegam a um acordo. Uma guerra irrompe entre as maiores nações e a geografia é alterada, muito desta oficializada pelo Tratado de Thronehold, que pôs um fim à guerra:

- A população de Eldeen Reaches declara independência de Aundair sob o comando de rangers e druidas.
- Colonizadores formam a pequena nação selvagem de Q’Barra.
- Mercenários hobgoblins se rebelam e formam sua própria nação, Darguun.
- Os clãs anões de Mror Holds secedem de Karrnath e formam seu próprio reino montanhoso.
- Um exército de trolls, ogres e gnolls conquistam uma parte desabitada de Breland e formam a nação de Droaam, sob o comando de um trio de hags.
- Os Principados de Lhazaar (domínio de marinheiros, mercadores e piratas) efetiva sua autonomia.
- Alguns elfos de Aerenal voltam a re-colonizar uma parte de Khorvaire e declaram a nação de Valenar, a partir de uma área pertencente à Cyre. Os demais elfos de Aerenal e os elfos urbanos de Khorvaire não tomam partido.
- Os gnomos de Zilargo, região vizinha aliada de Breland, obtém independência.
- As Talenta Plains dos Halflings montados em dinossauros consegue soberania.
- Os orcs, humanos e meio-orcs dos Shadow Marshes, mantiveram sua independência (não-reconhecida). As Demon Lands continuam inóspitas.
- Os warforged, construtos criados pela House Cannith para lutar na guerra, foram identificados como seres racionais e foi proibida sua escravização (embora Karrnath e Thrane ainda o façam de forma velada). House Cannith foi ordenada a destruir suas forjas de produção.

Sobre as 5 Nações e seu destino durante e após a guerra:

a) Cyre foi destruída por uma catástrofe mágica que ninguém sabe ao certo quem foi o causador e como surgiu. Excetuando alguns milhares de refugiados em outras nações, tudo que resta de Cyre é uma região devastada, cheia de cadáveres e cidades vazias, onde uma névoa sinistra circula o território assolado por magias que tomaram vida própria e por warforged renegados (sussurra-se que um warforged de nome Lord of the Blades criou um culto na região).
b) Breland continua uma nação “industrial” e próspera, mesmo com a perda de território para Droaam.
c) Aundair, uma nação agrícola, mas altamente letrada e sede de um dos centros de magia, perdeu as terras florestais de Eldeen Reaches, mas mantém sua estabilidade.
d) Thrane virou uma teocracia da Church of the Silver Flame, uma religião de alguns séculos de idade que tem ideologia altruísta, mas zelosa (sendo responsável pela eliminação dos lycanthropes de Khorvaire).
e) Karrnath, a nação mais militarista, sofreu durante a guerra, teve a ajuda de uma organização chamada Order of the Emerald Claw, mas esta foi posteriormente denunciada e ilegalizada pelo reino como uma seita terrorista. Entretanto, algumas das práticas persistem, como a manutenção de exércitos mortos-vivos criados durante a guerra.



Crédito à KIKOAG

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